Em quase todo filme de bang-bang a bandidagem faz a festa. Bate, saqueia, esculhamba... Até que chega um xerife “boa pinta”, rápido no gatilho e sedutor para botar ordem na casa.
Obama é o xerife da vez. O filme só não é de bang-bang porque os tempos são outros. Bang-bang agora é ação!
Um xerife esperto escolhe sempre um bom momento para agir. Planejamento sempre foi importante.
No dia 04 de março, Obama lançou a sua campanha à reeleição. Em 14 de março, Obama fez a primeira reunião para discutir o ataque ao esconderijo de Osama. Na sexta-feira, 29 de abril, Obama deu sinal verde para a ação.
Esse era o momento de Obama. Ele precisava de oxigênio. Os republicanos estavam (estão) sufocando a administração e passaram anos dizendo que Obama era fraco em defesa nacional.
Em 11/04/2011, Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia (2008), escreveu o artigo “O presidente ausente”. Eu disse: 11 de março de 2011, uma semana após o lançamento da campanha e três dias antes da primeira reunião sobre o ataque.
Krugman começou assim: “O que fizeram com o presidente Obama? O que aconteceu com a figura inspiradora que seus partidários acreditavam ter eleito? Quem é esse cara chocho e tímido que não parece defender coisa alguma de específico?”
“Compreendo que, com a Câmara dos Deputados sob o controle de republicanos hostis, não há muito que Obama possa fazer em termos de ações políticas concretas.”
E acabou assim: “Em minha opinião, no entanto, o país deseja -e, mais importante, o país precisa de- um presidente que acredite em alguma coisa e esteja disposto a lutar por ela. E não é isso que estamos vendo.”
Só pancada!!!
Obama estava sem crédito. A campanha antecipada de Obama precisava de conteúdo, fatos. Mostrar algum efeito do “Yes, you can!” da campanha eleitoral passada. Obama precisava dar uma resposta aos republicanos. Cortou a língua deles!
Obama estava sem crédito. A campanha antecipada de Obama precisava de conteúdo, fatos. Mostrar algum efeito do “Yes, you can!” da campanha eleitoral passada. Obama precisava dar uma resposta aos republicanos. Cortou a língua deles!
E agora, qual o próximo passo de Obama? O xerife já é o dono do pedaço? Acho que não! A taxa de desaprovação é alta: 45%. A economia cresceu apenas 1,8% no primeiro trimestre e o desemprego é de 8,8%.
Sim! E o próximo passo? Agora é escolher o melhor momento para divulgar as fotos de Osama, os vídeos. No ano da eleição lançarão um filme...
E os 13,5 milhões de americanos que continuam desempregados? O que o xerife poderá dizer para eles?
Quem sabe um: Yes, you can expect!
Everaldo Júnior
Grande Evera. Bela análise, gostei. Descontraída e ao mesmo tempo bem embasada nos fatos atuais, com um toque de ironia. Valeu.
ResponderExcluirIvo.
Ainda tenho "alguma fichas" no Obama,sim.
ResponderExcluirComo homen público ele tem uma coisa que admiro: integridade.