Casa de Noca ou de Mãe Joana?

"Congresso Nacional, se gradear vira zoológico, se murar vira presídio, se cobrir com lona vira circo, se botar lanterna vermelha vira puteiro e se der a descarga não sobra ninguém". (José Simão)

Fiquei 15 minutos olhando para esta frase e tentando acrescentar alguma coisa. É quase impossível. Ela resume a percepção do cidadão frente à grande instituição que é o Congresso Nacional, monstro que possui dois tentáculos: a Câmara e o Senado. Tentáculos? Pensei em pernas, mas lembrei que por lá nada anda.

Podemos também dizer que são dois monstros, ao invés de um. São monstros com forças inimagináveis, incalculáveis, espetaculares. Pode acreditar! Você se lembra do castelo do deputado mineiro? Lembra dos projetos importantes para a nação: reforma eleitoral, política? E dos funcionários fantasmas? E das 181 diretorias do Senado? Eles poderiam revolucionar a nação através das suas funções. Só a Câmara é responsável por representar o povo brasileiro, legislar sobre os assuntos de interesse nacional e fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. Será que ela já assumiu efetivamente as suas responsabilidades? Prefiro não comentar!

“A casa de todos os brasileiros”, esta é a frase estampada no site da Câmara dos Deputados. É mais um slogan que nunca foi levado a sério. Bem que ele poderia ser: “A casa da mãe Joana”, é um mete mão em dinheiro, passagem, cada um do seu jeito, mas cada um no seu bolso, “A casa dos gasparzinhos”, tanto funcionário fantasma escapando pelas frestas, “A casa dos marajás”, tanto pilantra que entra classe média e sai milionário. Para Boris Casoy: “Isto é uma vergonha”, para mim: “Isto é uma sem-vergonhice”.

Agora, depois de extravasar um pouquinho, olhei mais uma vez para a frase e conclui que se gradear vai matar o leão, se murar vai virar mansão, se cobrir com lona não tem graça não, se botar lanterna vermelha é decepção e se der a descarga vai entupir a tubulação. É merda mesmo, mas não é pouco não meu irmão! E pra ninguém dizer que sou miseravão: pra todo caso tem exceção, mesmo no meio de tanto ladrão.

Deus é Tricolor!

Em 1931 quando o Bahia foi fundado o slogan escolhido foi “Nascido para Vencer”. Cada torcedor que vai ao estádio ás terças, sextas, sábados, carrega este lema no coração, mesmo que não o conheça. Essa é uma das razões que justifica a grandeza desse clube.

Este é o pior momento da história do clube que é o maior campeão estadual e bicampeão nacional. O único personagem que não tem culpa é o torcedor. Quem torce gosta. Quem gosta ama. Quem ama do jeito que a torcida do Bahia ama é louco, ou melhor, apaixonado. Quem ama não abandona.

Ainda em 1931 o distintivo do Bahia foi criado. Ele foi baseado no distintivo no Corinthians Paulista. Coincidência ou não, estamos diante de duas das torcidas mais apaixonadas do Brasil. Seja lá ou cá “somos um bando de louco”.

Foi no dia de Nossa Senhora da Conceição da Praia que foi discutida pela primeira vez a possibilidade de formação de um novo time de futebol. O Bahia já nasceu abençoado. Sempre teve mão de Deus na história do Bahia. Agora entendi melhor a nossa devoção! Ô time louvado! Agora só precisamos pedir pra Deus voltar a freqüentar aquelas redondezas. Pelo amor de Deus!