>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Seja bem-vindo! Comente as Postagens. Sugira um assunto. Volte Sempre.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

MÁQUINAS DO TEMPO


Quem tem menos de vinte e cinco anos deve lembrar remotamente da existência de um equipamento utilizado para confeccionar textos: a máquina de escrever ou máquina datilográfica.

Acredite se quiser. Antes do tradicionalíssimo aplicativo de textos que você utiliza em casa no seu computador, as pessoas sofriam nas máquinas de escrever.

Essa máquina já teve suas décadas de glória, senão como poderíamos chamá-la de “máquina de escrever”. Na verdade ela não escrevia nem escreve nada. Foi a revolução de sua chegada, acredite, pois é verdade, que fez com que as pessoas colocassem este nome carinhoso nela. Muito carinho mesmo da parte de quem vivia a sofrer, a dedilhar aquelas teclas.

Qualquer erro era o fim. Apertar mais de uma tecla ao mesmo tempo causava um problema mecânico, aquelas coisas se entrelaçavam e tudo tinha que começar do zero. Verdade! Aqueles cinco, dez ou quinze minutos de trabalho ia direto para a lixeira. Não é essa lixeira virtual, é lixeira mesmo! Tudo isso acontecia porque não existia a tecla “desfazer digitação”. Algumas máquinas mais avançadas tinham um recurso que você corrigia um erro pintando-o de branco, mas isso foi depois de décadas de sofrimento.

Você deve estar aí pensando: “Eu vi há pouco tempo alguém utilizando uma dessas relíquias”. Mais uma verdade. Existe mesmo. Algumas pessoas são saudosistas e relutaram até o fim contra as novas tecnologias, outras ainda estão à margem da natureza. Da natureza? Sim. Hoje os computadores fazem parte do meio ambiente. Mais um pensamento: “Tem funcionário público que usa essas máquinas, eu já vi!”. Verdade. Deve fazer parte de algum programa tipo: “Preservação Histórica da Utilização da Máquina de Escrever”, com o intuito de universalizar o conhecimento sobre essa arte milenar.

Voltando aos dias de glória das velhas máquinas lembro que existiam os cursos de datilografia, tinha até diploma, era o MBA dos velhos tempos. Peguei o fim desta época, minha mãe implorou para que eu fizesse o curso, pois era essencial para tudo. Já existia o computador, em suas primeiras fases de propagação pelo país. Eu queria fazer meu curso de computação, era a grande novidade, mas minha mãe insistia no tradicional curso de datilografia. Eu tinha horror àquilo. Tentei em casa algumas vezes me habituar àquela máquina. Nenhum êxito. Era coisa para maquinistas, tinha que se especializar na coisa. Só de pensar nas aulas do curso me dava calafrios. Aquelas lições em que você repete centenas de vezes a mesma tecla por centenas de dias até receber sabe lá quando um diploma e sair por aí fazendo sabe lá o quê. Que alivio! Escapei a este sofrimento.

Não fiz o terrível curso de datilografia, logo depois fiz o curso de computação. Se aquilo era uma máquina de escrever, isto que estou usando é uma máquina de sonhos. Ufa!

Nenhum comentário:

Postar um comentário